Promotora de Justiça, Maria José Alves, sua atuação se traduz na luta constante por fazer justiça e garantir a dignidade das famílias alagoanas.
Maria José Alves da Silva, ingressou no Ministério Público de Alagoas, em 1998. Formada em Direito pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), mas sua formação inicial em língua alemã, foi também secretária do Conselho Brasileiro de Tecnologia e Malte.
A promotora de Justiça, Maria José Alves, nunca pensou em fazer Direito, mas seu pai sempre orientava suas filhas a estudarem e seguirem uma profissão, e o curso de Direito foi feito na base do sorteio, pois a Dra. Maria José queria fazer vários cursos como Cenografia, Direito, Serviço Social e Psicologia. Dessa forma, o sorteio foi a melhor alternativa para escolher qual o curso faria.
E assim, a promotora de Justiça, Maria José Alves, embarcou no mundo jurídico. Sua atuação sempre teve um olhar voltado para a raiz do problema, adentrar na situação e resolver a essência desse, a desestrutura e desigualdade social.
Desde 2013, assumiu a titularidade da 38ª Promotoria de Justiça da Capital cujas atribuições são desenvolvidas junto ao único Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital. Nesse percurso, a promotora de Justiça trouxe para o estado de Alagoas a Campanha Agosto Lilás, que encoraja vítimas a quebrarem o silêncio, denunciarem o seu agressor e se tornarem, após o fim do relacionamento abusivo, mulheres empoderadas. Uma Campanha que tem gerado muitos frutos, promovendo a transformação de vida de milhares de mulheres.
Nas Promotorias de Palmeira dos Índios, onde permaneceu por 6 anos e de Rio Largo, onde atuou por iguais 6 anos, foi titular da Promotoria Especializadas para os feitos da Infância e da Juventude, recebeu em ambas as cidades o reconhecimento dos respectivos Conselhos Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e Tutelar.
Atuou também no Núcleo de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do antigo 1º Centro de Apoio do MPAL. No ano de 2012, assumiu a coordenação-adjunta do MP Comunitário – Unidade Vergel do Lago, I Programa Social do MPAL, onde permaneceu até 2017.
Em 2014, foi designada para representar o MPAL na Comissão Permanente de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (COPEVID), do Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH), onde permaneceu como titular até 2020.
No ano de 2017, recebeu uma homenagem no livro A Mulher Brasileira (págs. 75/82) de Ivan Barros. Em 2018, recebeu um troféu no 8º Prêmio Selma Bandeira – Reconhecimento às Grandes Mulheres.
No ano de 2020, a convite do TJAL, participou de um curso ofertado pela ENFAM sobre Justiça Restaurativa.
Em 2021, foi escolhida pelo procurador- geral de Justiça Márcio Roberto e pela promotora de Justiça Hylza Torres para representar o MP de Alagoas na homenagem que a COPEVID fez às mulheres do MP Brasileiro.
“E apesar dos revezes que tem me impedido de exercer sem interrupções as minhas atividades ministeriais, os versos e reversos da vida, continuo me definindo como “uma promotora em busca de justiça”, sempre. Por fim, reitero meu “orgulho santo” do meu cargo e de minha convicção inabalável: podemos sim fazer positiva diferença em nossa sociedade, na vida dos milhões de cidadãos, especialmente daqueles sem vez, sem voz, na vida dos invisíveis de nosso país, contribuindo para a redução dessa terrível desigualdade e para tanto basta não nos esquecermos do papel que nos é atribuído na Constituição Federal de 1988.”, enfatizou Maria José Alves.
Por Cínthia Fernanda